segunda-feira, 27 de março de 2017

Crítica: Fome de Poder, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


Dirigido por John Lee Hancock (Um Sonho Possível), acompanhamos a jornada de Ray Kroc (Michael Keaton), que deseja passar de lanchonete a lanchonete para passar suas ideias, na criação de um melhor atendimento em determinado estabelecimento. Em uma de suas viagens, conhece os irmãos Dick e Mac McDonald, cuja lanchonete deles possui um atendimento rápido, organizado e apresentando um jeito incomum de comer um lanche naquele tempo (1954). Não demora muito para Ray querer fazer negócio com os irmãos, e assim expandir a ideia como uma franquia, mas ao mesmo tempo, despertando uma persistência e ambição fora do comum, dentro dele.

Assim como foi visto no filme A Rede Social, a marca McDonald nasceu através de uma ideia, mas que somente com ambição ela acabou indo tão longe. Já Fome de Poder não é um filme que fará a pessoa desistir de ir à lanchonete mais próxima, pois se levar isso a sério, então já comece a pensar em deixar de tomar Coca-Cola, ou qualquer marca alimentícia, pois, por trás da cortina sempre haverá uma história ruim para não ser descoberta pelos consumidores. O filme não se intimida em descascar cada camada dessa torre de Babel, do submundo dos negócios, cujo público é a peça principal que movimenta as engrenagens, para os donos de impérios como o McDonald’s ganharem mais e mais dinheiro.

Com um ritmo ágil, John Lee Hancock jamais deixa o seu filme sair dos trilhos, mesmo quando os bastidores do mundo dos negócios aparentam ser um tanto que complicados. Talvez isso muito se deva ao desempenho sempre competente de Michael Keaton, cujo modo de apresentação do seu personagem em cena não faz com que tenhamos raiva dele, mas sim fascinação pela energia que ele emana, mesmo quando certos questionamentos despertam lá no fundo de nós. Essa sensação acaba aumentando quando nos damos conta que os irmãos McDonald (Nick Offerman e John Carroll Lynch, ótimos) foram passados para trás no decorrer da história, mas ao mesmo tempo, questionamos o fato de como foram tão ingênuos perante o universo dos números dos negócios.

Fome de Poder é um filme que não nasceu para melhorar a imagem dos criadores de poderosas marcas alimentícias, mas sim provar que, para criação de um império, é preciso ambição e muito sangue frio.


Trailer

Fonte: www.youtube.com

Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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