quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Crítica: OUIJA - ORIGEM DO MAL, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


Dirigido por Mike Flanagan (O Sono da Morte) acompanhamos o dia a dia de uma mãe e de suas duas filhas, que vivem ganhando a vida usando métodos para enganar pessoas através da clara vidência. Certo dia, a mãe decide comprar um tabuleiro de Quija, para então melhorar o atendimento durante as sessões. Mal sabe ela que isso desencadeará sérias consequências. Claro que, quando surge o tabuleiro em cena, todo mundo já imagina o que irá acontecer em seguida, mas uma coisa é a gente já conhecer as regras desse tipo de filme, outra é saber como elas serão idealizadas ao longo da projeção, e Pelo visto Flanagan pensou duas vezes para não cair numa vala comum, pois é curioso observar como ele consegue nos convencer a prestarmos atenção no que irá acontecer em seguida.

Todas as fórmulas dos filmes de terror atuais estão lá: sustos inesperados, vulto nas sombras, portas com rangidos e família desesperada perante o inexplicável. A carta surpresa do cineasta é então usar essas fórmulas e inserir situações das quais nos engane facilmente, pois se achamos que uma determinada situação tem uma explicação da qual já conhecemos, pode ter certeza que é muito pelo contrário do que nós imaginamos. Além disso, os efeitos que, embora simples, nos impressionam, principalmente quando eles surgem fora do foco e criando uma sensação de desconforto, fora isso, é preciso dar palmas pela boa reconstituição da época, já que a moda e a cultura dos anos 60 estão presentes a todo o momento durante a projeção.

Mas independente da mão segura do cineasta, ou da parte técnica sob medida, nada disso funcionaria se o pequeno elenco não funcionasse na tela, ao começar pela pequena atriz Lulu Wilson. Interpretando a pequena Doris, Lulu surpreende ao apresentar a sua personagem como um ser dócil, mas que aos poucos vai demonstrando um comportamento dúbio. A jovem atriz com certeza possui aquele ar angelical, mas que não esconde uma aura perversa e que facilmente ela usa no decorrer do filme, quando as forças do mal dominam o cenário como um todo, perante a isso, os interpretes Elizabeth Reaser, Annalise Basso e Henry Thomas pouco podem fazer para incrementar algo de diferente nos seus respectivos personagens, a não ser se tornarem peças de um xadrez, cujo cheque mate logo irá alcança-los, aliás, é preciso dar crédito para o último ato da trama, pois além de ser amedrontador, ele nos proporciona momentos bem fora do convencional, principalmente para aqueles que buscam algo mastigado, mas nenhum pouco desafiador.

Ouija - Origem do Mal, pode até nos apresentar elementos já vistos tantas vezes em outros filmes, mas é graças aos seus desdobramentos assustadoramente bem orquestrados dentro da trama, é o que faz toda a diferença.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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