terça-feira, 29 de novembro de 2016

Crítica: Animais Fantásticos e Onde Habitam, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


Ao término das aventuras de Harry Potter no cinema, muitos ficaram órfãos, pois não puderam mais viajar para aquele mundo mágico, onde a fantasia e realidade ficavam separadas por apenas meros detalhes, mas como o mundo de J.K Rowling é vasto, não me foi surpresa ao anunciarem Animais Fantásticos e Onde Habitam, como uma nova franquia. Com roteiro da própria escritora J.K Rowling, a trama se passa no ano de 1926 em Nova York, onde vemos o jovem bruxo Newt Scamander (Eddie Redmayne) desembarcar na cidade para ajudar determinados animais que ele carrega em sua maleta. Durante a sua chegada, ele acaba acidentalmente trocando a sua maleta, e fazendo com que alguns de seus animais acabassem escapando. Além de ter que recuperá-los, Scamander enfrenta tanto resistência de regras impostas pela comunidade de bruxos da cidade, como também de forças malignas que colocam o local em perigo.

Responsável pelos títulos que explorou o amadurecimento de Harry Potter, nas últimas aventuras no cinema, David Yates retorna a cadeira de cineasta para comandar esse mundo mágico já tão familiarizado. Vale destacar o fato do filme não exigir da pessoa de primeira viagem a ter que ver todos os filmes anteriores, já que a trama se passa no passado e bem desprendido de tudo o que já foi visto. Sendo assim, nos é apresentado uma trama fresca, na qual se explora não somente a magia, como também outros temas, que vai desde a proteção aos animais, como também assuntos espinhosos com relação à igreja e o bullying.

Em termos de efeitos visuais, novamente eles dão um verdadeiro show. Aqui, por exemplo, não há regras para limites de espaço com relação a salas ou objetos, já que todos possuem um espaço vasto: a sequência onde mostra a real natureza da maleta do protagonista, onde estão todos os seus animais, é uma das melhores partes do filme.

Diferente de Harry Potter, conhecemos Newt Scamander já como adulto, carregando consigo inúmeras histórias ainda misteriosas e que poderão ser futuramente exploradas. Embora já tenha provado o seu grande talento em filmes como Teoria de Tudo e Garota Dinamarquesa, Eddie Redmayne me passa a ligeira sensação de que não consegue se desvencilhar dos seus personagens anteriores, já que seus cacoetes e trejeitos remetem a eles. Se isso não ajuda, pelo menos não atrapalha na sua interpretação como Newt Scamander. Mas quem acaba realmente se destacando na trama é Jacob Kowalski, interpretado de uma forma leve e emocional por Dan Fogler. Fazendo o típico personagem que está no lugar errado e na hora errada, Jacob foi criado para o filme como uma espécie de representação de nós, meros mortais, perante as situações extraordinárias, mas que ao mesmo tempo consegue manter certa lucidez perante a tudo que vê. Com relação a outros personagens, Porpentina Goldstein (Katherine Waterston) meio que se perde em alguns momentos na trama, mas ganhando nivelação graças à presença de sua irmã Queenie Goldstein (Alison Sudol). E se o veterano Jon Voight é jogado na produção para interpretar um personagem dispensável, sua situação acaba não sendo pior se comparada a de Colin Farrell, cuja sua interpretação engessada acaba prejudicando na construção do personagem Percival Graves.

Entre acertos e erros, Animais Fantásticos e Onde Habitam começa muito bem e abrindo inúmeras possibilidades futuras para o universo de fantasia criado J.K Rowling para o cinema.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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