sexta-feira, 27 de maio de 2016

Crítica: X-MEN: APOCALIPSE, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


E lá se vão mais de 15 anos desde que Bryan Singer (Os Suspeitos) introduziu os heróis mutantes no cinema, dando início a febre das adaptações das HQs. Foram cinco filmes com a turma toda e mais dois filmes solos, com o seu personagem popular ‘Wolverine’. Mesmo com as perfeições, também ocorreram algumas irregularidades ao longo desse percurso na saga e um pouco desses dois mundos se encontram em X-Men: Apocalipse, mas o resultado final diverte e não desanima.

Dez anos se passaram desde que o mundo descobriu que os mutantes realmente existem. Estamos em 1983, onde a sociedade convive com os mutantes, mesmo ainda existindo o preconceito acalorado contra eles. Porém, o primeiro mutante do planeta desperta e deseja que a sua raça se torne os donos do planeta. Pois bem, para começar, uma coisa que sempre me preocupou (desde X-Men: O Confronto Final) foi a insistência dos produtores colocarem inúmeros personagens na tela, que além de prejudicarem o ritmo da trama, poderiam ser facilmente descartados, pois nada acrescentam. Felizmente não é o que acontece exatamente aqui, pois além de velhos conhecidos como Ciclope (Tye Sheridan), Fenix (SophieTurner), Tempestade (Alexandra Shipp) e Noturno (Kodi Smit-McPhee) serem reintroduzidos na saga, os demais personagens surgidos na segunda trilogia, como Mistica (Jennifer Lawrence) e até mesmo Destrutor (Lucas Till) tem suas presenças respeitadas e tendo tempo necessário para o melhor desenvolvimento de cada um deles. O mesmo não pode se dizer de personagens como Psylocke (Olivia Munn) e Jubileu (Lana Condor), que embora tenham visuais fieis se comparados as HQs, por outro lado esses personagens tem pouco desenvolvimento na trama.

Falando em trama, Singer novamente foi esperto em focar o principal elemento de sucesso da franquia: mutantes vs preconceito, sendo que isso é muito bem representado novamente pelo personagem Eric/Magneto (Michael Fassbender), que sofre novamente o duro golpe vindo de pessoas que simplesmente tem medo ou não querem entender as pessoas que são diferentes. Já sua contraparte Charles Xavier / Professor X (James McAvoy) demonstra um amadurecimento definitivo e fazendo a gente crer que realmente ele venha se tornar o professor X interpretado por Patrick Stewart na trilogia original. Embora o seu desempenho visto no filme anterior (Dias de um Futuro Esquecido) ainda seja o melhor, McAvoy demonstra segurança e uma dose de seriedade dentro desse gênero fantástico. Como não poderia deixar de ser, as cenas de MacAvoy e Fassbender sempre se tornam um aperitivo a mais para a trama.

Sendo que o preconceito sempre foi o principal vilão da franquia, eu sempre achei que introduzir um vilão poderoso como Apocalipse seria um tanto que desnecessário, mas eis que ele finalmente surge. Interpretado por Oscar Isaac (Star Wars: O Despertar da Força), Apocalipse tem uma única ambição: devastar a terra e fazer com que os mutantes dominem o novo mundo reerguido por eles. Ou seja, típico plano de vilão megalomaníaco e que somente não se tornou caricato graças ao esforço de Issaac. Se as intenções do vilão não convencem, pelo menos elas rendem inúmeras cenas de ação que, embora vertiginosas em alguns momentos, elas rendem um bom entretenimento.

Mesmo com todos os percalços que poderiam gerar um desastre total, X-Men: Apocalipse cumpre o seu dever de encerrar essa segunda trilogia dos mutantes com total dignidade.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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