domingo, 23 de agosto de 2015

Crítica: Missão Impossível - Nação Secreta, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


É curioso observar que, embora seja uma franquia com já cinco filmes, a cine série Missão Impossível até agora não decepcionou. Um dos fatores para manter a boa qualidade, está na esperteza de Tom Cruise (que é também produtor da franquia) em sempre mudar o diretor para cada filme. Com isso, a sensação que nos passa, é que sempre somos brindados com algo fresco, mesmo já conhecendo aquele universo de espionagem há um bom tempo.

Claro que todas as fórmulas de sucesso já conhecidas pelo público estão lá: organização secreta, agentes duplos, fator surpresa e missões suicidas. Para não ficarmos com aquela sensação de “replay”, os produtores e roteiristas impressionam em sempre criar uma trama, em que ela faz com que os protagonistas se sintam num beco sem saída, ou numa situação impossível de ser vencida. O inimigo dessa vez é o Sindicato, organização secreta de ex-agentes, cujo objetivo é enriquecer, através de atentados e da destruição da IMF.

Devido às inúmeras reviravoltas no roteiro, Ethan Hunt (Tom Cruise) se vê (de novo) como agente clandestino e que, mesmo desejando combater o Sindicato sozinho, recebe ajuda dos seus velhos aliados. É ai que o filme surpreende com os personagens coadjuvantes, que a cada filme ganha um espaço maior na trama. Benji Dunn (Simon Pegg) simplesmente rouba a cena e participa ao lado de Cruise das melhores cenas de ação do filme.

William Brandt (Jeremy Renner) e Luther Stickell (Ving Rhames) novamente cumprem bem os seus respectivos papeis, mas é uma nova personagem inserida na trama que rouba o filme como um todo. Rebecca Ferguson (vista recentemente na ultima versão de Hércules) dá um verdadeiro show de interpretação, carregando sempre um ar de ambiguidade e fazendo com que a gente nunca tenha certeza de que lado ela está. Ao lado de Tom Cruise, Ferguson é protagonista de ótimas cenas de ação do filme, destaque para os momentos onde ela luta corpo a corpo, ou quando está em cima de uma moto.

Falando em ação, Christopher McQuarrie (que havia dirigido Cruise em Jack Reacher: O Último Tiro) provou aqui que tem mão firme nas cenas de ação das quais nos surpreende. Não há cena de ação inferior se comparada uma com a outra, sendo que elas falam por si e funcionam dentro da trama. Embora os trailers tenham focado sempre a famosa cena de Cruise pendurado do lado de fora de um avião, a meu ver outras impressionam mais ainda, como quando o protagonista se encontra dentro de um tanque d’água em movimento, ou quando (novamente) corre em alta velocidade em cima de uma moto na estrada.

Christopher McQuarrie também é feliz ao criar cenas que, não exigem vertiginosas cenas de ação, mas sim rodando com elegância em cenas das quais provocam aflição no cinéfilo. O que dizer da cena da ópera em que não sabemos ao certo o que irá acontecer? Para o cinéfilo de carteirinha, McQuarrie prestou uma homenagem explicita ao clássico O Homem que Sabia Demais do mestre Alfred Hitchcock.

Embora não tenha um vilão tão ameaçador, e tão pouco um final tão empolgante como nos filmes anteriores, Missão Impossível - Nação Secreta é um filme digno da franquia e que, mesmo com quase vinte anos de existência, prova que há muita força e gás para seguir em frente nos cinemas.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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