terça-feira, 14 de julho de 2015

ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O SEMINÁRIO INTERNACIONAL “CAMINHOS DO AUDIOVISUAL LATINO-AMERICANO NO SÉCULO 21”.




Estão abertas, a partir de 15 de julho e até 2 de agosto, as inscrições para o Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21”.

Promovida pelo Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo – que celebra sua décima edição no período de 30 julho a 5 de agosto – e o Sesc São Paulo, a iniciativa é voltada à reflexão de aspectos específicos atuais da cinematografia da América Latina e do Caribe.

Com concepção geral de Juliana Psaros, Maria Dora Mourão, Jurandir Müller e Francisco Cesar Filho, o Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” acontece nos dias 3, 4 e 5 de agosto no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (Rua Dr. Plínio Barreto 285 / 4º, Bela Vista, São Paulo, SP). Reúne especialistas e profissionais do mercado, do Brasil e de outros países, para discutir as possibilidades e as experiências com as novas plataformas digitais de circulação de produtos audiovisuais, os mecanismos e os resultados da coprodução internacional, os cursos superiores de cinema e TV, e as novas dramaturgias, temáticas e estéticas da produção dos últimos 15 anos.

As inscrições podem ser feitas através do endereço www.centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br e em todas as unidades do Sesc. O valor por cada uma das cinco mesas é de 15 reais (inteira), 7,50 reais (terceira idade, estudantes, idosos e deficientes) e 4,50 reais (trabalhadores do comércio com credencial do Sesc).

A programação do Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” é a seguinte:

3/08 (segunda-feira), das 10h00 às 13h00
A Produção Audiovisual Latino-Americana na era Digital e Conectada. Possibilidades e Tendências. Ariel Barlaro (Argentina) / Fernando Lauterjung (Brasil) / Pedro Butcher (Brasil)

3/08 (segunda-feira), das 15h00 às 18h00
Escolas de Cinema e Audiovisual no Contexto Social, cultural e Profissional. José Ramon Mikelajauregui (México) / Juan Guillermo Buenaventura Amezquita (Colômbia) / Mario Santos (Argentina)

4/08 (terça-feira), das 10h00 às 13h00
A Web e o Audiovisual Latino-Americano. Produção e Distribuição na Rede. Luana Lobo (Brasil) / Luciana Mas (Argentina) / Ramiro Medina (México)

4/08 (terça-feira), das 15h00 às 18h00
Novas Modalidades Temáticas, Dramaturgicas e Estéticas. José Carlos Avellar (Brasil) / Orlando Mora (Colômbia) / Sílvia Schwarzböck (Argentina)

5/08 (quarta-feira), das 10h00 às 13h00
Coprodução Internacional. Angelica Lares (México) / Sérgio Gandara (Chile) / Vania Catani (Brasil)


Sobre as mesas e os participantes

3/08 (segunda-feira), das 10h00 às 13h00
A Produção Audiovisual Latino-Americana na era Digital e Conectada. Possibilidades e Tendências.

O universo das novas plataformas já faz parte do cotidiano do entretenimento de diversas maneiras. Hoje 86% dos latino-americanos afirmam assistir "Internet TV" e 63% das pessoas da região consomem algum tipo de serviço OTT. As conhecidas Multi Channel Networks chegam a somar 48 bilhões de views mensais na rede mundial de computadores. As fronteiras entre cinema, TV, web cada vez se tornam mais híbridas. Séries de TV nascem da web, filmes viram séries, e o espectador mais do que nunca quer ter acesso ao conteúdo, que deve estar onde ele está - ou seja, em qualquer lugar. O momento mais do que nunca pede uma reflexão e avaliação sobre essa realidade, que já faz parte de nosso cotidiano. Pesquisas sobre o consumo do entretenimento começam a despontar, tendências são discutidas - será o fim da TV como conhecemos? A distribuição cinematográfica - que já mudou tanto - mudará ainda mais? Quais as possibilidades para o produtor audiovisual nesse cenário? A paisagem está mais democrática?

Ariel Barlaro (Argentina), vice-presidente da Dataxis, a empresa de inteligência de mercado de TV, que conta com clientes como Televisa, TV Azteca, América Móvil, Rede Globo, Grupo Clarín, HBO, BBC, Turner, NBC Universal, entre outros.

Fernando Lauterjung (Brasil), jornalista especializado nos mercados de conteúdo audiovisual, produção audiovisual, radiodifusão.

Pedro Butcher (Brasil), jornalista e crítico de cinema, com passagens pelos jornais O Dia, Jornal do Brasil e O Globo. Tem textos publicados nas revistas Cahiers du Cinema, Screendaily e Cinemascope. Atualmente é colaborador do website Filme B, especializado no mercado cinematográfico brasileiro, do jornal Folha de São Paulo.


3/08 (segunda-feira), das 15h00 às 18h00
Escolas de Cinema e Audiovisual no Contexto Social, cultural e Profissional.

A proposta é discutir a inserção social e profissional dos estudantes formados em escolas de cinema e audiovisual e se interrogar sobre a relação que elas estabelecem com o campo profissional. As escolas estão em sintonia com a desejada inserção social e profissional? A absorção dos formados impacta de alguma maneira o audiovisual latino-americano?

No momento em que, na América Latina, a produção audiovisual é retomada de maneira significativa, em que as novas tecnologias nos oferecem instrumentos diferenciados para a realização, em que se abrem novos espaços de circulação de produtos audiovisuais, é importante refletir sobre o desempenho das escolas no ensino e formação profissional na área.

José Ramon Mikelajauregui (México), ex-membro dos conselhos diretivos e executivos da FEISAL e do CILECT, tem longa experiência como consultor, conselheiro, curador e jurado. É diretor do DIS- Escola de Cinema da Universidade de Guadalajara.

Juan Guillermo Buenaventura Amezquita (Colômbia), coordenador curricular do programa de graduação em cinema e televisão da Faculdade de Artes da Universidade Nacional de Colômbia.

Mario Santos (Argentina), arquiteto formado pela Universidade de Buenos Aires (UBA) e Mestre em Administração de Empresas pelo IAE (Universidad Austral). Desde 1992 dirige a área de Produção da Universidad del Cine, onde ocupa atualmente o cargo de Vice-reitor.


4/08 (terça-feira), das 10h00 às 13h00
A Web e o Audiovisual Latino-Americano. Produção e Distribuição na Rede.

As novas plataformas já são uma realidade e estão alterando as maneiras de se produzir e distribuir audiovisual. Com o consumo de entretenimento cada vez maior em janelas como a web, TVs conectadas e diversos serviços OTT, se faz necessário refletir quais são as possibilidades que se abrem para o audiovisual latino-americano, que amplia cada vez mais a sua produção e que encontra um cenário cada vez mais variado em relação às suas possibilidades de distribuição. Com o surgimento das novas formas de distribuição, cada vez mais despontam novos produtores e audiências, que encontram plataformas abertas para expandir as possibilidades do encontro das suas criações nas mais diversas janelas. Muitos serviços já se tornaram sinônimos dessa nova realidade, mas como esse cenário também possibilita o surgimento de serviços latino-americanos que encontram hoje seu espaço nesse novo universo? Quais são os caminhos para a produção audiovisual nesse ambiente? O que são e como operam as networks?

Luana Lobo (Brasil), diretora de distribuição híbrida da Maria Farinha Filmes. Trabalhou em empresas como 20th Century Fox International e Lionsgate.

Luciana Mas (Argentina), responsável por marketing e comunicação da FAV! Network e especialista em estratégias de marketing e em negócios de internet e tecnologia. É mestre de marketing e comunicação da Universidade de San Andrés.

Ramiro Medina (México), realizador, codirigiu o filme Contratiempo (2010). Atualmente dirige a MonsterFlyStudios, enquanto prepara os longas-metragens Hawaii e Cuidados Intensivos.


4/08 (terça-feira), das 15h00 às 18h00
Novas Modalidades Temáticas, Dramaturgicas e Estéticas.

Diante das novas realidades de produção, que se expandem pelos países da América Latina e do Caribe, e das novas modalidades de fruição audiovisual advindas da criação de novas janelas de difusão, como as plataformas digitais, um cenário promissor se descortina neste início de século para o cinema latino-americano.

Para discutir como estas características se refletem nos temas, nas narrativas e na linguagem das obras realizadas na região, são convocados especialistas que acompanham a cinematografia atual da América Latina e do Caribe.

José Carlos Avellar (Brasil), autor de ensaios sobre o cinema e coautor de dezenas de trabalhos sobre cinematografia brasileira e latino-americana, como Le Cinéma Brésilien e Hojas de Cine. Publicou A Ponte Clandestina – Teorias de Cinema na América Latina (1995).

Orlando Mora (Colômbia), crítico de cinema em diversas revistas de cinema da Colômbia e em jornais tais como El Tiempo, El Mundo e El Colombiano. Escreve regularmente no jornal El Colombiano e na revista Kinetoscopio.

Sílvia Schwarzböck (Argentina), doutora em Filosofia pela Universidade de Buenos Aires e professora titular da mesma instituição. Publicou os livros La herencia de Prometeo (1996), Estudio crítico sobre Crónica de una fuga (2007), Adorno y lo político (2008), Estudio crítico sobre Un oso rojo (2009).


5/08 (quarta-feira), das 10h00 às 13h00
Coprodução Internacional.

A coprodução de filmes entre os países da América Latina e do Caribe é fenômeno relativamente recente. Um de seus marcos ocorre em 2003, com a criação da Reunión Especializada de Autoridades Cinematográficas y Audiovisuales del Mercosur – Recam, instrumento para facilitar o processo de integração das indústrias de cinema na região do Mercosul. Neste início de século proliferam as experiências de coprodução entre diversos países, como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, entre outros. No caso brasileiro, o país já promove editais específicos de coprodução junto ao Uruguai, México e à Argentina e lançou em maio deste ano uma linha que investirá R$ 5 milhões em projetos de coprodução com 19 países da região.

Profissionais atuantes no mercado foram convidados a debater e esclarecer alguns dos caminhos da coprodução internacional no âmbito da América Latina e do Caribe.

Angelica Lares (México), coordenadora do Encontro de Coprodução e Guadalajara Construye, na área de Indústria do Festival Internacional de Cinema de Guadalajara. Atualmente roteiriza seu primeiro longa-metragem.

Sérgio Gandara (Chile), presidente da fundação CINEMACHILE e presidente da Associação de Produtores de Cinema e TV (APCT) do país. Produziu longas-metragens, séries de TV, documentários e reality-shows.

Vania Catano (Brasil), fundadora da Bananeira Filmes, produtora independente responsável por filmes já exibidos em 250 festivais em 40 países, com 146 prêmios recebidos.


Sobre o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo

Patrocinado pela Petrobras e da Sabesp - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo, o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo reúne uma programação com os destaques da produção mais recente feita na região, incluindo vários títulos inéditos no Brasil. No total, são 111 filmes, representando 17 países da América Latina e do Caribe. As exibições acontecem no Memorial da América Latina, Cinesesc, Cine Olido, Centro Cultural São Paulo (salas Paulo Emílio e Lima Barreto), Cinusp Paulo Emílio, Cinusp Maria Antonia, Reserva Cultural, Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca e Cinemateca Brasileira. A entrada é gratuita em todas as salas, exceto no Cinesesc. O evento é uma realização do Memorial da América Latina, Secretaria de Estado da Cultura e Associação do Audiovisual.

A curadoria do 10º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo é assinada por João Batista de Andrade, Jurandir Müller e Francisco Cesar Filho. O evento é uma iniciativa do Ministério da Cultura / Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com correalização da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Spcine e Sesc São Paulo, e apoio cultural da Prodesp – Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo e do Cinusp.


Fonte: ATTi Comunicação e Ideias, através de Eliz Ferreira e Alessandra Lima.

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