domingo, 11 de janeiro de 2015

Crítica: Whiplash - Em Busca da Perfeição, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


No filme Shine, o protagonista (Geoffrey Rush) relembra os seus primeiros dias de dedicação para ser um mestre pianista, mas que ao mesmo tempo quase lhe custou a sua saúde mental. São exemplos como esse onde nascem os verdadeiros gênios que, se dedicam ao que mais amam, mas para atingir a perfeição, correm o risco de não saírem ilesos. Em Whiplash - Em Busca da Perfeição essa teoria vai ao extremo, onde aluno e mestre se digladiam, mas ao mesmo tempo se ajudam para alcançar os seus objetivos.

Andrew (Miles Teller) sonha em ser o melhor baterista da musica do Jazz e se dedica todos os dias através dos seus instrumentos musicais. Tenta provar que é o melhor no ramo para o seu professor, o severo Terence Fletcher (JK Simmons), mas mal sabe o árduo caminho que irá percorrer. Um duelo verbal, físico e mental, que irá colocar ambos não só um contra o outro, como também a eles mesmos.

Grande vencedor do Festival de Sundance em 2014, Whiplash - Em Busca da Perfeição não é precisamente um filme sobre jazz, mas também sobre todo aquele que busca os seus objetivos de tal modo que, não importa o que aconteça, desde que chegue lá. Tanto Andrew como Terence tem algo em comum, que é a busca pela perfeição. Um deseja ser o gênio no que faz e o outro busca esse gênio, nem que para isso humilhe os seus alunos e arrancando até mesmo sangue dos seus dedos. A questão sobre ética, sobre o que é certo e errado estão presentes, mas elas pouco se destacam, dando á entender que, para realizar os seus sonhos, deve-se ultrapassar os seus limites.

São daí que talvez venha os verdadeiros gênios, não importando qual a profissão que venha a ser, pois no final das contas eles vão dizer para que realmente vieram e serão sempre lembrados. Miles Teller (Projeto X) e JK Simmons (trilogia original do Homem Aranha) nos brindam com os melhores desempenhos de suas carreiras, num verdadeiro duelo de gato e rato, mas que ao mesmo tempo há um ar de respeito um pelo outro. Terence enxerga potencial em Andrew, mas nem por isso irá baixar a sua imagem agressiva e Andrew, mesmo odiando Terence em vários momentos, acredita que irá puxar dele uma aprovação do seu talento.

Tecnicamente o filme é um verdadeiro show em termos de montagens. As cenas em si são um verdadeiro balé, onde nada se escapa de foco, desde a ponta das baquetas, ao respingar de suor e sangue durante os treinos e apresentações. Vindo do vergonhoso O Último Exorcismo: Parte II, Damien Chazelle tem o seu primeiro grande desempenho como cineasta e esperasse que prossiga, com esse bom calibre na direção.

Com um final de encher os olhos, onde se atinge o ápice sobre o que realmente os protagonistas procuravam, Whiplash - Em Busca da Perfeição atinge em cheio aqueles que buscam a realização dos seus sonhos, não importam qual gênero ou profissão, desde que consiga alcança-lo.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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