sábado, 31 de maio de 2014

Crítica: X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


‏ Sempre nos pegamos pensando sobre na possibilidade de voltarmos no tempo e dizermos para nós mesmos não cometermos determinados erros que corroem os nossos pensamentos. Contudo, o ser humano nasceu para errar, para cair e aprender. X-Men: Dias de um futuro esquecido é mais ou menos isso, sobre o fato de ter a chance de voltar no tempo e consertar as coisas, mas como um determinado personagem fala durante uma parte do filme, mesmo jogando uma pedra na água e criando ondulações, o rio irá prosseguir em frente.

‏ Basicamente, o mais novo filme dos heróis mutantes é sobre a segunda chance que todos merecemos ter um dia, independente se formos bons ou maus, pois temos o direito de escolher e ter (talvez) um futuro melhor. Baseado na clássica HQ escrita por Chris Claremont e desenhado pelo canadense John Byrne vemos aqui os heróis no futuro, sendo massacrados pelos robôs Sentinelas, que são incumbidos de exterminar os mutantes, mas ao mesmo tempo exterminam os humanos que podem um dia gerar seres com o fator X. Numa decisão de desespero, Charles Xavier (Patrick Stewart) pede a Kitty Pryde (Ellen Page) usar os seus poderes, para enviar a consciência de Wolverine (Hugh Jackman) no seu corpo no ano de 1973, pois ele deverá impedir Mística (Jennifer Lawrence) de matar um industrialista das armas, Bolivar Trask (Peter Dinklage), e assim evitar um futuro apocalíptico para toda a humanidade.

‏ Ao lado de Longa, vemos o ano de 1973, em meio à cultura e questões políticas que agitaram aquela época. Assim como X-men: Primeira Classe, Brian Singer decide de uma forma inteligente unir ficção com a realidade, fazendo o espectador de primeira viagem a se familiarizar facilmente com os fatos verídicos vistos na tela. Ao mesmo tempo, vemos o herói tentando convencer as versões jovens de Xavier (James McAvoy), Hank McCoy / Fera (Nicholas Hoult) e logo depois Magneto (Michael Fassbender), a convencer Mística a não prosseguir com a sua missão.

‏ Embora ajam inúmeros personagens e muita informação, os roteiristas foram hábeis em não deixar a trama confusa, criando um começo, meio e fim bem amarrados e apresentando novos personagens para o publico de primeira viagem, mas que serão bem reconhecíveis para os fãs de carteirinha. Das novas caras, sem duvida nenhuma Pietro Maximoff / Mercúrio (Evan Peters) é o que rouba cena. Quando ele é convocado pelo Wolverine a tirar Magneto de uma prisão, ele imediatamente usa os seus poderes de alta velocidade de uma forma jamais vista no cinema e fazendo com que o famoso efeito especial Bullet-time, visto pela primeira vez em Matrix, chegue finalmente em um novo patamar.

‏ Destino ou escolha? Eis que essa decisão também cai nos ombros de Mística: personagem bem aproveitada na trilogia original, mas que aqui interpretada por Jennifer Lawrence, ganha contornos dramáticos nos quais fazem com que a sua personagem tenha o seu melhor momento no cinema. O ato final, com direito a incríveis efeitos visuais e ação vertiginosa que ocorre em Washington, são verdadeiramente dramáticos e somente serão concluídos com uma simples escolha de Mística.

Falando no final, adianto que X-Men: Dias do futuro esquecido nos brindas com um dos melhores finais de toda a cine série e ao mesmo tempo passa uma borracha em quase tudo que já foi apresentado anteriormente. Ou seja, se alguém não gostou do destino de algum personagem visto nos filmes anteriores, principalmente em X-Mem 3: Confronto final, pode se sentir presenteado e aliviado ao ver velhas caras conhecidas de volta no universo X. Se a viagem no tempo vista no novo Star Trek serviu para se criar uma linha do tempo alternativa, aqui praticamente acontece o mesmo, mas de uma forma bem melhor e muito bem vinda.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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