terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mostra Cine MPB, de 4 a 15 de janeiro, no CCBB em SP.

CINE MPB
DOCUMENTÁRIOS MUSICAIS BRASILEIROS
EM JANEIRO NO CCBB-SP

** com 17 filmes, retrospectiva acontece de 4 a 15/01

** Elza Soares, Novos Baianos, Tom Zé e Itamar Assumpção são alguns dos músicos focalizados,

** cena punk, movimento hip hop e rock feito em Brasília nos anos 1980 também estão presentes,

** obras são assinadas por diretores como Vladimir Carvalho, Miguel Faria Jr. e Lírio Ferreira,

** debate sobre essa produção reúnem os críticos Pedro Alexandre Sanches e José Flávio Júnior.

Cinema e música são os ingredientes da programação que inaugura o calendário de 2012 do Centro Cultural Banco do Brasil - São Paulo. A mostra Cine MPB, que acontece de 4 a 14 de janeiro, reúne alguns dos maiores sucessos da produção brasileira recente de longas-metragens documentais, focalizando músicos de diversas gerações. O CCBB-SP fica na Rua Álvares Penteado 112, Centro, telefone (11) 3113.3651, ingressos R$ 4,00 e R$ 2,00.
Comprovando sua boa aceitação por parte do público, entre os 17 títulos selecionados estão vencedores do prêmio do público de diversos festivais. É o caso de “Fabricando Tom Zé” (de Décio de Mattos Jr.) e “Loki – Arnaldo Baptista” (de Paulo Henrique Fontenelle), ambos eleitos pelas audiências do Festival do Rio e da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Outros eleitos pelo público são “Filhos de João - O Admirável Mundo Novo Baiano” (de Henrique Dantas), nos festivais de Brasília, Curta-SE (Sergipe) e In-Edit Brasil; “Simonal – Ninguém Sabe o Duro Que Dei” (de Micael Langer, Claudio Manoel e Calvito Leal), no Festival de Paulínia; e “Samba Riachão” (de Jorge Alfredo), no Festival de Brasília.
A programação destaca obras voltadas a grandes nomes da história da música brasileira, como “Cartola” (de Hilton Lacerda e Lírio Ferreira), vencedor do prêmio de melhor trilha sonora do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2008; “Elza” (de Izabel Jaguaribe & Ernesto Baldan), sobre a cantora Elza Soares; e “Vinícius” (de Miguel Faria Jr.), sobre o poeta e compositor Vinícius de Moraes, grande sucesso nas salas brasileiras de cinema.
Movimentos musicais também estão presentes, em produções como “Botinada! A Origem do Punk no Brasil” (de Gastão Moreira), com Inocentes e Ratos do Porão, “Rock Brasília” (de Vladimir Carvalho), com Legião Urbana e Capital Inicial, e “Fala Tu” (de Guilherme Coelho), em que três personagens sonham em viver do rap e do hip hop.
A programação traz ainda trabalhos sobre os artistas inovadores Itamar Assumpção, em “Daquele Instante em Diante” (de Rogerio Velloso), e Jards Macalé, que protagoniza “Jards Macalé – Um Morcego na Porta Principal” (de Marco Abujamra).
Completam o cardápio “Titãs, A Vida Até Parece Uma Festa” (de Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves, vencedor do prêmio de melhor documentário musical no Vídeo Music Brasil), “Paulinho da Viola - Meu Tempo É Hoje” (de Izabel Jaguaribe), que conta com participações de Marina Lima, Zeca Pagodinho e Marisa Monte; “O Milagre de Santa Luzia” (de Sergio Roizenblit), conduzido pelo sanfoneiro Dominguinhos; e “Gretchen - Filme Estrada” (de Eliane Brum & Paschoal Samora).
Com patrocínio do Centro Cultural Banco do Brasil e produção da Associação do Audiovisual e da Klaxon Cultura Audiovisual, a mostra Cine MPB tem curadoria de Francisco Cesar Filho e Rafael Sampaio.

*** DADOS SOBRE OS DOCUMENTÁRIOS

BOTINADA! A ORIGEM DO PUNK NO BRASIL

De Gastão Moreira (110 min, 2006, classificação indicativa: 16 anos).
As origens do punk rock no Brasil, sua primeira fase (1976-1984) e o paradeiro de seus protagonistas. Resultado de quatro anos de pesquisa, a produção entrevistou 77 pessoas e inclui cenas com expoentes do movimento, como as bandas Olho Seco, Inocentes, Cólera e Ratos do Porão.

CARTOLA

De Hilton Lacerda & Lírio Ferreira (88 min, 2007, classificação indicativa: 10 anos).
A história de um dos compositores mais importantes da música brasileira: Angenor de Oliveira (1908-1980), mais conhecido como Cartola. Utilizando linguagem fragmentada, o documentário traça um painel da formação cultural do Brasil, convidando a uma reflexão na construção da memória deste país. Vencedor do prêmio de melhor trilha sonora do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2008.

DAQUELE INSTANTE EM DIANTE
OBS.: entrada gratuita

De Rogerio Velloso (100 min, 2011, classificação indicativa: 12 anos).
O Nego Dito Itamar Assumpção (1949-2003) em um documentário que percorre sua trajetória musical, desde os anos da vanguarda paulista na década de 1980 até a sua morte aos 53 anos. Com depoimentos daqueles que conviveram com o artista, o filme reúne uma seleção de imagens raras garimpadas em arquivos e acervos particulares, mostrando sua presença antológica nos palcos e os momentos de intimidade entre os amigos e familiares.

ELZA

De Izabel Jaguaribe & Ernesto Baldan (82 min, 2008, classificação indicativa: livre).
A força e a história de vida surpreendente da cantora Elza Soares, “elo entre a tradição e o novo, o samba de morro e o do asfalto, as raízes e as antenas”. Com participação de Maria Bethania.

FABRICANDO TOM ZÉ

De Décio Matos Jr. (89 min, 2006, classificação indicativa: 10 anos).
Retrata a vida e obra de um dos mais controversos integrantes do movimento da Tropicália, o documentário tem por fio condutor a turnê europeia que Tom Zé fez em 2005. Sem censura e de forma espontânea, o músico conta como começou sua carreira na década de 1960, fala abertamente do ostracismo nos anos 1970 e de seu ressurgimento no início anos 1990. O filme ainda conta com entrevistas de Gilberto Gil, Caetano Veloso, David Byrne e outros. Vencedor do prêmio de melhor documentário na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival do Rio, ambos pelo júri popular.

FALA TU

De Guilherme Coelho (74 min, 2004, classificação indicativa: 14 anos).
O documentário focaliza três personagens: Macarrão, 33 anos, apontador do jogo do bicho, duas filhas, morador do morro do Zinco e torcedor do Fluminense; Toghum, 32 anos, vendedor de produtos esotéricos, budista e morador de Cavalcante e Combatente, 21 anos, moradora de Vigário Geral, frequentadora da Igreja do Santo Daime e operadora de telemarketing. Durante nove meses, entre 2002 e 2003, uma equipe filmou o dia-a-dia destes três cariocas da Zona Norte, que batalham e sonham em fazer da sua música, o rap, o seu ganha-pão. O resultado é uma crônica composta pelo cotidiano, letras e dramas. Vencedor do prêmio de melhor direção no Festival do Rio.

FILHOS DE JOÃO – O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO BAIANO

De Henrique Dantas (75 min, 2009, classificação indicativa: livre).
Um panorama da música popular brasileira dos anos 1960 e 70, através do revolucionário e inovador grupo musical: “Novos Baianos”, o documentário trata da influência de João Gilberto sobre os rumos do grupo. O filme aborda ainda o estilo de vida comunitário adotado durante algum tempo pelos músicos do conjunto e a influência sobre os resultados no trabalho, além de reunir raros e inéditos materiais de arquivo e contar com as participações de Tom Zé, Rogério Duarte, Orlando Senna, Moraes Moreira e Pepeu Gomes, entre outros. Vencedor do prêmio de melhor direção no Fest Cine Goiânia e do prêmio do público nos festivais de Brasília, Curta-SE (Sergipe) e In-Edit Brasil.

GRETCHEN - FILME ESTRADA

De Eliane Brum & Paschoal Samora (90 min, 2009, classificação indicativa: 10 anos).
O documentário acompanha a Rainha do Rebolado Gretchen durante aquela que seria sua última turnê – a cantora, após 30 anos de carreira, queria partir para a política como candidata à prefeitura de Ilha de Itamaracá, Pernambuco.

JARDS MACALÉ – UM MORCEGO NA PORTA PRINCIPAL

De Marco Abujamra (71 min, 2008, classificação indicativa: 10 anos).
A Bossa Nova, o Show Opinião, os festivais da canção, a Tropicália, a MPB, a repressão dos tempos da ditadura militar, a censura, Hélio Oiticica, Lygia Clark, a abertura política, Moreira da Silva, a música atual: tudo isso é recontado através da ótica e da trajetória de Jards Macalé, um artista que esteve presente ativamente em todos os movimentos de ruptura do país nesses últimos anos. Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival do Rio.

LOKI – ARNALDO BAPTISTA

De Paulo Henrique Fontenelle (120 min, 2008, classificação indicativa: livre).
Embalado por músicas que marcaram época, esta cinebiografia do fundador do grupo Os Mutantes Arnaldo Baptista tem sua narrativa costurada por depoimentos emocionantes do artista, enquanto o próprio pinta um quadro emblemático. O filme conta com depoimentos de Tom Zé, Sérgio Dias, Nelson Motta, Gilberto Gil, Roberto Menescal, Liminha, Sean Lennon e Lobão, entre outros. Vencedor do prêmio de melhor documentário pelo júri popular no Festival do Rio e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

O MILAGRE DE SANTA LUZIA

De Sergio Roizenblit (104 min, 2008, classificação indicativa: livre).
No dia de santa Luzia, 13 de dezembro, nasceu Luís Gonzaga, artista que, com sua sanfona, abriu as portas para a existência de um segmento de música regional dentro da indústria cultural do Brasil. Em uma viagem conduzida por Dominguinhos, considerado como o principal sanfoneiro do país, o documentário percorre as mais diversas regiões onde a sanfona ganhou destaque e surgiram seus maiores intérpretes. Vencedor do prêmio de melhor trilha sonora no Festival de Brasília.

PAULINHO DA VIOLA - MEU TEMPO É HOJE

De Izabel Jaguaribe (83 min, 2003, classificação indicativa: livre).
O cantor, compositor e instrumentista, Paulinho da Viola apresenta seus mestres e amigos, suas influências musicais e percorre sua rotina peculiar e discreta, revelando hábitos e costumes desconhecidos do grande público. Com depoimentos de Marina Lima, Zeca Pagodinho e Marisa Monte.

ROCK BRASÍLIA - ERA DE OURO

De Vladimir Carvalho (111 min, 2011, classificação indicativa: 12 anos).
As origens das grandes bandas de rock que tomaram de assalto o cenário musical brasileiro a partir de 1980, de Legião Urbana a Capital Inicial, Plebe Rude e muitas outras.
Uma história feita de depoimentos reveladores dos protagonistas do período, como Renato Russo (em imagens raras e inéditas), Dado Villa-Lobos, Dinho Ouro Preto, Philippe Seabra e os irmãos Fê e Flávio Lemos, além dos artistas que se aproximaram dessa turma, como Caetano Veloso e os músicos do Paralamas do Sucesso. Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Paulínia.

SAMBA RIACHÃO

De Jorge Alfredo (86 min, 2001, classificação indicativa: livre).
A história do samba no Brasil, através da trajetória do sambista Clementino Rodrigues, o popular sambista Riachão, nascido em 1921 e considerado uma lenda viva do samba de rua da velha Bahia. O documentário utiliza a experiência pessoal do sambista Riachão para contar as transformações no mercado da música popular e nos meios de comunicação, durante o século 20. Vencedor no Festival de Brasília dos prêmios de melhor filme e de melhor montagem, além do prêmio do público.

SIMONAL – NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI

De Micael Langer, Claudio Manoel e Calvito Leal (84 min, 2009, classificação indicativa: livre).
A trajetória impressionante de Wilson Simonal, um ex-cabo de exército que reinou soberano na música popular brasileira e acabou condenado ao ostracismo por um delito que jurava inocência. Através de depoimentos de amigos, inimigos e, principalmente, de imagens das exuberantes performances do grande artista, o documentário mostra também as respostas que nunca apareceram. O cantor era informante da ditadura? Era favorável aos militantes? Ou seu maior crime foi ser negro, milionário e símbolo sexual em um país e numa época em que existia muito racismo? Vencedor dos prêmios de melhor documentário, edição, trilha sonora e edição de som no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2010; eleito melhor documentário pelo júri oficial e pelo júri popular no Festival de Paulínia.

TITÃS, A VIDA ATÉ PARECE UMA FESTA

De Branco Mello & Oscar Rodrigues Alves (100 min, 2008, classificação indicativa: 12 anos).
Com ritmo de aventura, cenas inéditas da vida dentro e fora dos palcos, gravações de álbuns antológicos e de grandes sucessos desde os primórdios até a atualidade, o grupo Titãs contam sua própria história. Vencedor do prêmio de melhor filme / documentário musical no Video Music Brasil 2009.

VINICIUS

De Miguel Faria Jr. (110 min, 2005, classificação indicativa: 12 anos).
A vida, a obra, a família, os amigos, os amores de Vinicius de Moraes (1913-1980), autor de mais de 400 poesias e cerca de 400 letras de música. O documentário aborda a essência criativa do artista e filósofo do cotidiano e mostra as transformações do Rio de Janeiro através de raras imagens de arquivo, entrevistas e interpretação de muitos de seus clássicos. Vencedor dos prêmios de melhor documentário e melhor trilha sonora no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2006, de melhor filme musical no Washington DC International Film Festival, de melhor documentário de 2006 pela ACIE - Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Rio de Janeiro e pelo Prêmio Contigo de Cinema.

Serviço

Cine MPB
Retrospectiva de documentários musicais brasileiros
4 a 15 de janeiro de 2012
CCBB-SP - Rua Álvares Penteado 112, Centro - (11) 3113.3651 - R$ 4,00 e R$ 2,00
As sessões do documentário Daquele Instante em Diante são gratuitas

Fonte: ATTI Comunicacao e Ideias, através de Karina Mancini

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